Em outubro de 2024, a inadimplência das taxas de condomínio em São Paulo atingiu 12,53%, o maior índice registrado no estado durante o ano. Esse aumento, que reflete uma tendência preocupante, é atribuído à falta de organização financeira de parte da população e ao impacto das taxas de juros mais altas no cenário econômico brasileiro. A pesquisa da Superlógica, que analisou aproximadamente 70 mil condomínios em todo o Brasil, também revelou que o valor das taxas de condomínio subiu acima da inflação, o que contribui para o aumento da inadimplência.
Apesar de São Paulo registrar o maior índice de inadimplentes no ano, outros estados, como Goiás, Alagoas e Rio Grande do Norte, apresentam níveis ainda mais elevados de atraso no pagamento. A pesquisa aponta que, entre janeiro e outubro de 2024, o valor médio da taxa de condomínio no Brasil aumentou em 8,9%, superando a inflação medida pelo IPCA no mesmo período. O reajuste das taxas foi mais acentuado em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Federal, enquanto em São Paulo o aumento foi mais modesto, de 6,66%.
Especialistas destacam que a inadimplência tem repercussões significativas para a manutenção e o gerenciamento dos condomínios, podendo prejudicar a realização de investimentos necessários para a infraestrutura dos prédios. A falta de conscientização sobre a importância da taxa de condomínio, especialmente entre moradores que antes viviam em casas, também é apontada como um fator que agrava a situação. Economistas ressaltam que, apesar de o Brasil apresentar crescimento econômico e níveis de emprego elevados, os atrasos nos pagamentos persistem, evidenciando desafios no gerenciamento das finanças pessoais.