As importações brasileiras de pistache sofreram um aumento significativo nos últimos dois anos, passando de 350 toneladas em 2022 para mais de mil toneladas em 2024, com o ano ainda em andamento. O fruto, tradicionalmente cultivado em regiões do Oriente Médio, tem ganhado popularidade no Brasil e aparece em uma variedade de produtos, como doces, salgados, sorvetes, e até em cardápios de restaurantes e redes de fast-food. A tendência tem se espalhado rapidamente, com itens como panetone e tortas de pistache ganhando destaque nas prateleiras e nas casas dos brasileiros.
Embora o pistache não seja cultivado no Brasil, a Embrapa está trabalhando para começar a produção do fruto no Ceará a partir de 2027, com o intuito de atender a essa demanda crescente e reduzir a dependência das importações. Atualmente, os principais países produtores de pistache são os Estados Unidos e o Irã, que dominam o mercado global. O consumo do pistache é milenar, com registros históricos indicando sua presença nos famosos jardins suspensos da Babilônia, na Mesopotâmia.
Com esse aumento nas importações e o crescente interesse por produtos derivados do pistache, o Brasil se aproxima de uma verdadeira “onda verde”, que está transformando o modo como os brasileiros consomem o fruto. Esse fenômeno não se limita a doces e lanches, mas também reflete uma mudança no comportamento alimentar, com o pistache sendo cada vez mais incorporado em diversas receitas, desde brigadeiros a croissants. O pistache, além de saboroso, é reconhecido por suas propriedades nutricionais, tornando-se uma opção cada vez mais apreciada pelos consumidores.