O presidente destituído da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, está enfrentando uma grave crise política após a tentativa de impor uma lei marcial, o que resultou em sua suspensão pelo Parlamento e em diversas investigações judiciais. Yoon é acusado de insurreição e abuso de poder, com a Procuradoria e uma equipe conjunta de polícia, Ministério da Defesa e promotores investigando os eventos. Sua tentativa de instaurar a lei marcial em dezembro de 2023 foi barrada pela Assembleia Nacional, mas gerou protestos e uma instabilidade política que culminou na sua destituição.
O processo de impeachment de Yoon, aprovado no último sábado por 204 dos 300 deputados, agora está nas mãos da Corte Constitucional, que tem até seis meses para decidir se valida a decisão do Parlamento. Se o impeachment for confirmado, novas eleições serão convocadas em até dois meses. Enquanto isso, o primeiro-ministro interino Han Duck-soo assumiu a presidência e promete estabilidade, mas a situação permanece tensa, com manifestações de apoio e oposição, além de detenções de figuras militares envolvidas no episódio.
A comunidade internacional acompanhou de perto a crise, com o governo dos Estados Unidos expressando apoio à democracia sul-coreana. Em resposta à destituição, a agência estatal da Coreia do Norte chamou Yoon de responsável por uma “rebelião” e destacou que seu futuro dependerá da decisão da Corte Constitucional. O episódio reflete as divisões internas e o complexo cenário político da Coreia do Sul, uma democracia jovem com um passado de autoritarismo.