O processo de impeachment do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, foi adiado após a Assembleia Nacional não atingir o quórum necessário para validar a votação no último sábado (7/12). A oposição, que controla uma maioria significativa na legislatura, apresentou a moção de impeachment devido à tentativa de Yoon de impor a lei marcial, mas a ausência de diversos parlamentares aliados ao governo impediu que a votação fosse concluída. Para que a votação fosse válida, era necessário que pelo menos dois terços dos legisladores estivessem presentes, o que não ocorreu, já que muitos membros do Partido do Poder Popular (PPP) boicotaram o evento.
A crise política se intensificou após Yoon pedir desculpas publicamente pela declaração de lei marcial, que gerou uma onda de protestos e agitação social. No início de dezembro, tropas cercaram o prédio do parlamento, mas a medida foi revogada rapidamente após a rejeição pela Assembleia Nacional. Os protestos, que tomaram as ruas de Seul, envolveram tanto críticos do governo quanto apoiadores do presidente, refletindo a polarização do país. A situação também gerou preocupação internacional, especialmente entre aliados como os Estados Unidos e o Japão, que temem a instabilidade política na Coreia do Sul.
Desde sua posse, Yoon tem enfrentado dificuldades políticas, com baixíssimos índices de aprovação, que chegaram a 17% no mês passado. Além disso, o governo sul-coreano vem sendo marcado por escândalos envolvendo o presidente e sua família. A tensão entre o governo e a oposição aumentou, com acusações de abuso de poder e de tentativa de autogolpe. Agora, a expectativa é que uma nova votação para o impeachment seja realizada na próxima quarta-feira (11/12), com a oposição buscando novamente alcançar o número necessário de votos para dar sequência ao processo.