O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, conseguiu evitar um impeachment após parlamentares do seu partido boicotarem a sessão que votaria sua destituição. A votação foi marcada pela ausência de diversos legisladores governistas, sendo necessário o apoio de pelo menos 200 parlamentares para que a moção fosse aprovada. Com menos de dois terços da câmara presente, a votação não teve o quórum necessário e a tentativa de impeachment falhou, embora uma nova data para a votação tenha sido agendada para a próxima quarta-feira (11).
A crise política teve início quando o presidente Yoon decretou a Lei Marcial, após acusações contra o principal partido de oposição, que ele acusou de simpatizar com a Coreia do Norte. A medida gerou uma onda de protestos, levando a uma rápida reversão do decreto apenas algumas horas após sua declaração, quando o parlamento rejeitou a decisão por unanimidade. A Lei Marcial, ainda que breve, causou grande indignação, dada a memória histórica do país com a repressão militar durante a ditadura.
Em uma tentativa de amenizar a crise, Yoon fez um discurso público, pedindo desculpas à população e reconhecendo o impacto negativo de suas ações. Ele reafirmou que assumiria as responsabilidades legais e políticas pela declaração de emergência e garantiu que não tentaria novamente emendar a constituição ou declarar outra Lei Marcial. A situação continua instável, e a oposição se mantém ativa, com protestos e pedidos de sua destituição.