A Catedral de Notre-Dame de Paris reabre suas portas neste fim de semana, após cinco anos de trabalhos de restauração, que começaram após o devastador incêndio de 2019. O incêndio causou a destruição parcial do monumento, incluindo o colapso da sua torre, mas a reconstrução foi possível graças a uma mobilização global de recursos, que envolveu especialistas e artesãos de diversas áreas. Mais de 340 mil doadores de 150 países contribuíram para a arrecadação de € 846 milhões, com destaque para generosos aportes de grandes empresas e figuras públicas.
No entanto, a enorme generosidade das doações gerou críticas, principalmente por conta de um benefício fiscal que permite aos doadores reduzir significativamente seus impostos. Isso levantou questionamentos sobre o uso do incêndio para obter vantagens fiscais, o que levou alguns a renunciar a esses benefícios para evitar controvérsias. A restauração da catedral, que custou aproximadamente € 700 milhões até o momento, visa preservar o patrimônio histórico e cultural, e também responder às demandas do turismo, que tem grande importância para a economia de Paris.
A reabertura de Notre-Dame é especialmente aguardada pelo setor turístico, já que antes do incêndio a catedral recebia milhões de visitantes anualmente, sendo o segundo local mais visitado da França. A revitalização do turismo, que envolve desde as vendas de produtos na catedral até os estabelecimentos ao seu redor, promete injetar milhões de euros na economia local, restaurando não apenas a estrutura do monumento, mas também seu impacto cultural e econômico para a cidade e o país.