O porta-voz do grupo Houthi no Iêmen, Mohammed Abdulsalam, afirmou que o país continuará se defendendo após uma série de ataques realizados pelos Estados Unidos em alvos na capital Sanaa. Esses ataques ocorreram nos dias 30 e 31 de dezembro, quando a Marinha dos EUA, com o apoio de aeronaves, atacou instalações Houthi em áreas controladas por esse grupo no Iêmen. O Comando Central dos EUA (CENTCOM) divulgou que os alvos atingidos incluíam instalações de comando e controle, bem como locais de armazenamento de armas avançadas, como mísseis e drones.
Esses ataques foram uma resposta aos recentes incidentes envolvendo os Houthis no Mar Vermelho, onde o grupo, apoiado pelo Irã, vinha atacando navios comerciais e tentando impor um bloqueio naval. As ações do grupo foram justificadas como parte de um apoio à causa palestina durante o conflito entre Israel e Gaza. Em resposta, o governo israelense indicou que os Houthis poderiam enfrentar consequências semelhantes às do Hamas e do Hezbollah, caso suas ações se intensifiquem.
O conflito entre os EUA e os Houthis ocorre em um contexto mais amplo de tensões regionais, onde o grupo tem sido acusado de ameaçar a navegação no Mar Vermelho e de tentar influenciar o cenário geopolítico do Oriente Médio. A situação permanece volátil, com a promessa de continuação das hostilidades por parte dos Houthis, enquanto os EUA reiteram seu compromisso de neutralizar as ameaças emanadas de territórios sob controle do grupo no Iêmen.