Uma mulher de 72 anos morreu na noite de sexta-feira (6) após ser atropelada no Anel Rodoviário, em Belo Horizonte. A vítima, moradora da Vila da Luz, na periferia da cidade, havia relatado semanas antes que sua residência estava em uma área de risco, caracterizada pela violência e pela falta de infraestrutura. Em entrevista à TV, ela expressou seu temor e o desejo de mudar para um local mais seguro, dizendo que não se sentia confortável nem segura no lugar onde morava.
A idosa, que vivia em um trecho da BR-381, uma das rodovias mais perigosas do estado, comumente referida como “rodovia da morte”, havia se queixado de constantes acidentes na região. Uma das netas da vítima relatou que a avó frequentemente pedia para sair da localidade devido ao alto índice de acidentes e à sensação de insegurança que ela sentia diariamente.
A morte da aposentada trouxe à tona as condições de vulnerabilidade enfrentadas por muitos moradores das áreas periféricas de Belo Horizonte, especialmente aqueles que vivem nas proximidades de grandes rodovias. A história de Francisca Isabel de Andrade levanta questionamentos sobre a falta de políticas públicas para garantir a segurança e a qualidade de vida desses cidadãos.