O Ibovespa enfrentou dificuldades para registrar ganhos na sessão de quarta-feira, 5 de dezembro, terminando o dia com uma leve queda de 0,04%, aos 126.087,02 pontos. Embora o índice tenha conseguido evitar perdas pela segunda vez consecutiva, essa sequência de recuperação ainda é discreta, sem ser vista desde meados de novembro. O desempenho foi influenciado pela leve desvalorização do dólar, que permaneceu acima de R$ 6. O volume financeiro foi de R$ 22,1 bilhões, e no acumulado da semana, o índice avançou 0,33%, mas ainda acumula queda de 6,04% no ano.
Entre os destaques positivos do índice, empresas como BRF, LWSA, Rumo, Klabin e Suzano apresentaram ganhos expressivos. Por outro lado, ações de empresas como Azzas, MRV, Hapvida, Bradespar e Prio apresentaram perdas significativas. As ações da Vale e Petrobras tiveram um desempenho negativo, com a Vale registrando uma queda de 1,95% e as ações da Petrobras também em baixa, refletindo a tensão em torno do setor de petróleo. O preço do petróleo foi impactado por dados sobre o aumento de estoques nos EUA, além de especulações sobre o prolongamento dos cortes de produção pela Arábia Saudita.
A pressão sobre Petrobras se intensificou após rumores de mudanças na presidência do conselho de administração da empresa, com a possibilidade de indicação por parte do governo. Embora o mercado tenha reagido de forma contida, a expectativa é que uma interferência nos dividendos da empresa poderia gerar um impacto negativo. Contudo, analistas destacam que a geração de caixa da Petrobras e a política de dividendos permanecem sólidas, o que ajuda a manter a confiança dos investidores no curto prazo, apesar das mudanças internas e da instabilidade no setor.