O Ibovespa registrou alta de 0,72% nesta terça-feira, alcançando 126.139,20 pontos, após oscilar entre perdas e ganhos nas últimas sessões. O índice teve um desempenho positivo mesmo com o dólar preso à marca de R$ 6 por três dias consecutivos. O volume financeiro da sessão foi de R$ 21,8 bilhões, e o índice acumula um crescimento de 0,38% na semana, embora tenha uma queda de 6% no ano. O destaque do dia foi o crescimento de 0,9% do PIB no terceiro trimestre, superando a expectativa de 0,8%, o que indicou uma economia mais aquecida e impulsionou o mercado, especialmente a curva de juros e o câmbio, que, no entanto, se acomodaram à tarde.
A expansão da economia brasileira ao longo de 2024 é explicada por um mercado de trabalho robusto, melhores condições de crédito e políticas fiscais de estímulo. Com o desemprego em níveis históricos baixos, os rendimentos do trabalho e a massa salarial aumentaram, contribuindo para um crescimento mais forte do consumo das famílias. Apesar disso, analistas continuam cautelosos quanto à sustentabilidade dessa recuperação, alertando para o risco fiscal e a pressão inflacionária, que podem levar o Banco Central a adotar uma postura mais rigorosa nas próximas reuniões do Copom.
Em termos de desempenho de ações, o setor bancário se destacou, com Itaú, Banco do Brasil e Santander registrando altas expressivas. Entre as blue chips, Petrobras apresentou leve valorização, enquanto Vale teve perdas. Outras ações como Brava e Caixa Seguridade também se destacaram com ganhos significativos. Por outro lado, empresas como Petz, Embraer e Eztec apresentaram quedas acentuadas. O bom desempenho do índice, no entanto, ainda não é suficiente para confirmar o fim da tendência de baixa, e o mercado continua observando de perto a volatilidade do câmbio e os efeitos das decisões fiscais e monetárias.