Após uma perda significativa de 2,74% no dia anterior, o Ibovespa continuou sua trajetória de queda nesta sexta-feira, 13, fechando com perda de 1,13%, a 124.612,22 pontos. O índice acumula um declínio de 7,13% no ano, pressionado principalmente por duas variáveis: a instabilidade fiscal interna e as tensões no câmbio e na curva de juros. Embora o Banco Central tenha atuado para oferecer liquidez ao mercado, o dólar ainda avançou 0,40%, fechando a R$ 6,03. O mercado segue preocupado com o andamento do pacote fiscal no Congresso, considerado vulnerável e sujeito a modificações significativas.
Entre as principais ações do índice, destaque para as quedas expressivas de empresas como Vale, que perdeu 1,50% no dia, e Petrobras, que também cedeu terreno, embora tenha registrado um leve ganho semanal. Já os grandes bancos apresentaram perdas, com destaque para Santander e Bradesco, cujas ações caíram até 4,83% na semana. No entanto, Pão de Açúcar e Minerva se destacaram entre os ganhos da sessão, recuperando parte das perdas recentes. O mercado segue volátil, refletindo as incertezas políticas e econômicas.
O cenário externo também pressiona o mercado brasileiro, com a volatilidade nos preços das commodities, como o petróleo e metais, impactando diretamente ações de grandes empresas. A expectativa para o futuro próximo ainda é incerta, mas a maioria dos analistas projeta uma leve recuperação do Ibovespa na próxima semana, com 50% dos participantes da pesquisa acreditando em alta. Porém, a pressão sobre o risco fiscal e o cenário global adverso continuam a ser os principais desafios para a confiança do mercado.