O Ibovespa sofreu a terceira queda consecutiva nesta segunda-feira, encerrando o dia em 123.560 pontos, com uma baixa de 0,84%. O índice operou de forma volátil, alternando entre a estabilidade e perdas mais acentuadas até o fechamento, com destaque para a perda de força das ações da Vale. Os grandes bancos e a Petrobras também tiveram desempenho negativo, com perdas chegando a 1,90%. Entre os papéis em alta, a estreante Automob teve uma valorização impressionante de 180,09%, enquanto Pão de Açúcar e Minerva também apresentaram ganhos expressivos.
A pressão sobre o câmbio foi um dos principais fatores no mercado financeiro, com o dólar à vista atingindo R$ 6,09, uma alta de 1,03%. Isso ocorre em um contexto de incertezas fiscais no Brasil, com o governo enfrentando dificuldades para aprovar um pacote de cortes de gastos e a reforma tributária, enquanto o recesso parlamentar se aproxima. O cenário de desconfiança também é intensificado pela recuperação do presidente e pelas declarações feitas em uma entrevista recente, onde foi ressaltada a falta de perspectivas claras para o controle fiscal.
O aumento do dólar reflete a fragilidade do mercado financeiro brasileiro, com investidores buscando ativos mais seguros diante da alta volatilidade. Mesmo com a taxa de juros elevada em 12,25% ao ano, a falta de medidas fiscais concretas por parte do governo tem gerado desconfiança. A percepção de que o controle da dívida pública não está sendo efetivamente tratado continua a pressionar o câmbio, enquanto o mercado espera o impacto da ata do Copom e as decisões de política monetária nos EUA para as próximas semanas.