O Ibovespa encerrou o ano com uma queda de 3,15% na quarta-feira, 120.771 pontos, acumulando uma desvalorização de 10% em 2024. A principal razão para esse desempenho negativo são os temores fiscais no Brasil e a desaceleração dos cortes de juros nos Estados Unidos. O índice, que atingiu sua máxima histórica de 137.469 pontos em agosto, iniciou um movimento de queda consistente após esse pico, refletindo a insegurança no cenário econômico global e local.
O gráfico diário mostra uma tendência de baixa clara desde agosto, com o índice abaixo das médias móveis e rompendo níveis importantes de suporte. A mínima de 2024, de 118.865 pontos, é vista como um ponto crítico; caso esse nível seja rompido, a tendência de queda pode se intensificar, com possíveis alvos em 117.000 e até 108.275 pontos. A recuperação, por outro lado, exigirá que o Ibovespa supere resistências em torno de 124.800 a 126.530 pontos, o que poderia abrir caminho para uma recuperação em direção aos níveis de 130.000 a 137.000 pontos.
No médio prazo, o índice apresenta uma trajetória de alta no gráfico semanal desde 2023, mas essa tendência foi interrompida a partir de agosto. Para uma retomada do crescimento, é necessário que o Ibovespa ultrapasse as resistências entre 125.300 e 126.115 pontos. Caso contrário, o índice poderá continuar sua trajetória de perdas, com suporte em níveis próximos a 113.000 e 108.275 pontos, refletindo a incerteza sobre a recuperação do mercado financeiro brasileiro.