O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, terminou o último pregão de 2024 com uma leve alta de 0,01%, atingindo 120.283 pontos. Embora o índice tenha registrado esse pequeno crescimento em relação à sexta-feira anterior, o desempenho no ano foi negativo, com uma queda de 9,35%, equivalente a 12.413 pontos, sendo que 75% dessa queda ocorreu nos últimos 20 dias. Comparado a 2019, o índice está apenas 2% acima do patamar registrado na mesma data, pouco antes da pandemia de COVID-19 impactar fortemente os mercados globais.
O mercado de ações teve oscilações acentuadas, especialmente em algumas empresas como Aeris, Braskem e Azevedo & Travassos, que apresentaram quedas significativas no valor de suas ações, acima de 50% ao longo do ano. Em contrapartida, a Americanas teve um bom desempenho nas últimas sessões de 2024, com uma alta de 20,39% no último dia de negociação, embora sua ação tenha despencado 93,19% ao longo do ano. A expectativa para o próximo ano é de um ambiente de negociações mais calmo, influenciado pelo recesso nos três poderes e pela menor volatilidade nos mercados externos.
O dólar apresentou leve queda de 0,22% em relação ao real, fechando a R$ 6,179, mas no acumulado do ano teve uma alta de 27,36%, a maior desde 2020. O aumento da moeda norte-americana foi impulsionado por incertezas políticas internas e oscilações nos mercados globais, com o Banco Central realizando intervenções para controlar a cotação. O Boletim Focus revisou novamente suas estimativas para o preço do dólar em 2025, prevendo uma cotação média de R$ 5,96, enquanto a LDO estima uma taxa de câmbio de R$ 4,98.