O Ibovespa registrou seu segundo dia consecutivo de alta, recuperando a queda de 1,50% da última sexta-feira. Após avançar 1% na segunda-feira, o índice subiu 0,80% nesta terça-feira, atingindo 128.228,49 pontos, o maior nível desde 26 de novembro. No mês, o índice acumula um ganho de 2,04%, enquanto a perda do ano diminui para 4,44%. O movimento de alta foi impulsionado principalmente pelas ações da Petrobras e de grandes bancos, como o Bradesco, enquanto a Vale, maior ação do índice, recuou ligeiramente.
O dia também foi marcado por dados econômicos importantes, como a inflação medida pelo IPCA, que ficou em 0,39% em novembro, um pouco acima da expectativa do mercado, mas abaixo do índice de outubro. A inflação acumulada em 12 meses é de 4,87%, o que está acima do teto da meta do governo. Esses números fortaleceram a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve aumentar a taxa Selic em 0,75 a 1 ponto percentual na reunião de amanhã, colocando a taxa de juros em até 12,25% ao ano.
Além disso, o mercado segue atento aos avanços nas negociações fiscais em Brasília. O governo está ajustando o pacote de cortes de gastos e, embora as discussões sobre a reforma do Benefício de Prestação Continuada (BPC) ainda gerem divergências, há um crescente otimismo no mercado quanto à aprovação das medidas fiscais. O governo também está revisando suas previsões de impacto fiscal, agora estimadas em R$ 70 bilhões para 2025 e 2026. A continuidade dessas negociações e a possível aceleração do pacote fiscal são vistas com bons olhos pelos investidores, o que ajudou a melhorar o humor no mercado.