O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, elevando a taxa de crescimento de 2,9% para 3,2%. A revisão foi feita com base nos resultados das Contas Nacionais Trimestrais do terceiro trimestre de 2024 e reflete a inclusão de novos dados provenientes das Contas Nacionais Anuais de dois anos antes, além de ajustes metodológicos relacionados à mudança do ano base do Sistema de Contas de 2010 para 2021. O IBGE explicou que, durante este processo, optou por manter os pesos das contas trimestrais, ao invés de adotar os pesos das contas anuais, o que resultou em revisões que impactaram as estimativas tanto da oferta quanto da demanda no PIB.
A revisão do PIB de 2023 trouxe mudanças nos setores de agropecuária, indústria e serviços. A agropecuária, que inicialmente apresentava um crescimento de 15,1%, foi corrigida para 16,3%. A indústria teve um ajuste pequeno, passando de 1,6% para 1,7%, enquanto o setor de serviços teve um aumento revisado de 2,4% para 2,8%. No lado da demanda, o consumo das famílias foi ajustado de 3,1% para 3,2%, e o consumo do governo teve uma revisão expressiva, subindo de 1,7% para 3,8%. As exportações e importações apresentaram pequenas variações, com as exportações passando de 9,1% para 8,9% e as importações permanecendo com queda de 1,2%.
Além dos ajustes setoriais, a revisão também foi influenciada por mudanças nas séries da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que refletiram uma correção nos dados de serviços profissionais, impactando positivamente os números do PIB de 2023. O IBGE destacou que revisões mais consistentes são esperadas, especialmente na agropecuária, devido à natureza da incorporação de dados anuais. Para 2024, as revisões trimestrais indicam uma elevação no setor de serviços, compensada por uma queda na agropecuária, refletindo as novas informações disponíveis e ajustes contínuos nas metodologias de cálculo.