No dia 19 de dezembro, os rebeldes houthis do Iêmen reivindicaram um ataque com mísseis balísticos contra Israel, embora a maior parte dos projéteis tenha sido interceptada antes de atingir o território israelense. Segundo o porta-voz huthi, dois mísseis do tipo Palestina 2 atingiram com precisão alvos militares israelenses na região de Jaffa, ao sul de Tel Aviv. Este incidente gerou uma reação imediata de Israel, que, em retaliação, lançou uma série de ataques aéreos na costa oeste do Iêmen, atingindo instalações de energia, petróleo e o porto de Hodeida.
Os ataques aéreos de Israel resultaram em nove mortes e várias feridos, segundo fontes locais. O governo israelense afirmou que os alvos foram selecionados por estarem sendo usados para operações militares pelos houthis. As ações acontecem em um contexto de crescente solidariedade entre os houthis e outros grupos da região, como o Hamas, que estão em conflito com Israel, refletindo a intensificação das tensões no Oriente Médio.
A retórica de Israel contra os houthis foi enfática, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ressaltando que qualquer grupo que atente contra Israel pagará um preço alto. Os houthis, por sua vez, fazem parte do chamado Eixo de Resistência, uma aliança de grupos hostis a Israel e com vínculos com o Irã, incluindo o Hezbollah e o governo sírio, o que coloca o Iêmen como um dos cenários mais complicados do conflito no Oriente Médio.