Antônio Cláudio Alves Ferreira, mecânico de 32 anos, iniciou o cumprimento de uma pena de 17 anos de prisão após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação nos atos violentos de 8 de janeiro de 2023. Durante a invasão do Palácio do Planalto, Ferreira destruiu um relógio histórico do século XVII, presenteado a D. João VI. O incidente, amplamente registrado e divulgado, gerou repercussão internacional e reforçou a gravidade dos ataques ao patrimônio nacional. Além da pena de prisão, Ferreira também foi responsabilizado por danos morais coletivos, com a ordem de pagar R$ 30 milhões.
O relógio, uma peça rara e de grande valor histórico, foi restaurado por uma equipe de especialistas suíços e brasileiros após a destruição. A Embaixada da Suíça ofereceu apoio técnico para a restauração da peça, que simboliza a herança cultural do Brasil e foi trazida para o país em 1808. A restauração foi conduzida com a colaboração de relojoeiros, curadores e artesãos, e o relógio já está pronto para retornar ao Brasil, após ser levado à Suíça para reparos detalhados.
A condenação de Ferreira destaca não só a gravidade dos atos de vandalismo, mas também a necessidade de preservar o patrimônio histórico e a memória nacional. O STF, ao encerrar o processo sem possibilidade de novos recursos, reforçou o compromisso com a proteção do Estado democrático de direito e a preservação da cultura brasileira, com a reinstalação do relógio funcionando como um símbolo de resiliência e preservação da democracia.