Um homem de 50 anos, natural da Arábia Saudita e residente na Alemanha há quase duas décadas, é o principal suspeito de um ataque a um mercado de Natal em Magdeburgo, ocorrido na noite de sexta-feira, 20 de dezembro. O ataque deixou ao menos cinco mortos, incluindo uma criança de nove anos, e mais de 200 pessoas feridas. O suspeito foi detido e enfrenta acusações de assassinato, tentativa de homicídio e lesão corporal grave. As autoridades alemãs estão investigando se o ataque teve motivações relacionadas às críticas do suspeito ao tratamento dado a refugiados sauditas no país.
Após o ataque, ocorreram manifestações em Magdeburgo, incluindo um protesto de cerca de 2.100 pessoas na noite seguinte. O evento, que teve elementos de extrema direita, gerou confrontos, e os manifestantes usaram balaclavas e carregaram faixas contra a imigração. A polícia também mencionou a presença de grupos que defendem políticas de deportação de migrantes, intensificando a tensão social. Enquanto isso, outros cidadãos participaram de eventos em homenagem às vítimas do ataque.
O motivo do ataque ainda não está totalmente esclarecido, mas os investigadores apontam que o suspeito demonstrou apoio a movimentos de extrema direita e criticou abertamente o islamismo. Além disso, ele havia expressado opiniões favoráveis ao partido Alternativa para a Alemanha (AfD), uma legenda associada a posturas nacionalistas e anti-imigração. As autoridades continuam a apurar as circunstâncias do crime e possíveis conexões políticas ou ideológicas que possam ter influenciado o ato.