O grupo Hamas anunciou que Israel impôs novas condições para um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, o que tem atrasado as negociações entre as partes. A analista internacional Fernanda Magnotta destacou que a confiança é um dos principais obstáculos nesse processo, sendo fundamental para o andamento das conversas. Além disso, ela ressaltou que questões estruturais, como a credibilidade entre os envolvidos, tornam as negociações ainda mais complexas.
Magnotta também identificou cinco pontos-chave que dificultam a conclusão de um cessar-fogo, incluindo o debate sobre o conceito de cessar-fogo, a retirada das tropas israelenses, a situação dos reféns, a possível libertação de prisioneiros palestinos e o controle da região do Corredor Filadélfia, na fronteira com o Egito. Essas questões têm gerado fortes divergências entre as partes, agravadas pela falta de confiança mútua.
Por fim, a especialista destacou dois desafios estruturais adicionais: o debate sobre a governança de Gaza após o conflito e as demandas do Hamas. Israel tem resistência em permitir que o Hamas seja o representante dos palestinos na região, enquanto o Hamas busca não apenas o fim das hostilidades, mas também garantias de que um cessar-fogo se tornará uma solução permanente para o conflito. Essas questões tornam difícil a construção de um acordo duradouro entre as partes envolvidas.