O Hamas afirmou nesta quarta-feira (25) que novas exigências impostas por Israel para um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza resultaram em um atraso nas negociações. O grupo destacou que, apesar disso, está demonstrando flexibilidade nas conversas mediadas pelo Catar e pelo Egito, que, segundo a organização, seguem uma direção construtiva. As novas condições exigem ajustes sobre a retirada das forças, a troca de prisioneiros e o retorno dos deslocados, o que teria dificultado a conclusão do acordo.
O governo israelense, por meio de seu gabinete, confirmou que sua equipe de negociação retornou ao país para consultas internas após uma semana de intensas conversas com os mediadores. As negociações focam na busca de um cessar-fogo duradouro após meses de intensos ataques aéreos e incursões terrestres em Gaza, iniciados após um ataque surpresa realizado pelo Hamas em Israel. A situação na região permanece crítica, com a população de Gaza enfrentando sérias dificuldades humanitárias, incluindo escassez de alimentos, medicamentos e infraestrutura básica.
Enquanto isso, a pressão interna em Israel cresce, com protestos contra o governo, especialmente sobre a condução das negociações e a gestão da crise dos reféns. A ONU e organizações humanitárias alertam para a grave crise na região, onde a violência continua a causar enormes perdas humanas e deslocamento forçado, deixando a população em uma situação de vulnerabilidade extrema. O futuro das negociações segue incerto, com o aumento das tensões e a falta de consenso entre as partes envolvidas.