Grupos da sociedade civil nas Filipinas anunciaram a apresentação de um pedido de impeachment contra a vice-presidente Sara Duterte, com o apoio do grupo parlamentar Akbayan Party List. A ação será conduzida por diversas organizações, líderes religiosos, representantes de setores e famílias de vítimas da violência ligada à guerra contra as drogas conduzida pelo governo anterior. O pedido ocorre em um contexto de tensão política, em que Sara Duterte teria sinalizado o colapso de sua aliança política com o presidente Ferdinand Marcos Jr. Além disso, ela está sendo investigada por supostas irregularidades em seus gastos, embora tenha negado qualquer envolvimento ilícito.
O impeachment, caso seja formalizado, será submetido à Câmara dos Deputados, mas detalhes específicos sobre os fundamentos do pedido ainda não foram revelados. O movimento ganhou força devido ao contexto de crescente desconfiança em relação a membros do governo, incluindo questões internas sobre a gestão e declarações controversas feitas por Duterte recentemente. Ela teria feito comentários sobre a contratação de um assassinato envolvendo membros da atual administração, mas depois alegou que suas palavras haviam sido retiradas de contexto.
O presidente Ferdinand Marcos Jr. se posicionou contra o impeachment, argumentando que um movimento desse tipo apenas desviaria a atenção do Congresso e não resolveria os problemas da população. Nas Filipinas, o cargo de vice-presidente é eleito separadamente do presidente, o que contribui para a complexidade das relações políticas no país. A situação está gerando debates sobre a estabilidade política e as prioridades do governo no momento.