Desde 2022, o governo da Colômbia tem tentado negociar a paz com grupos armados, incluindo guerrilheiros de esquerda e facções criminosas compostas por ex-paramilitares de direita, na esperança de resolver o conflito interno que já causou mais de 450.000 mortes. No entanto, o comandante das forças armadas, almirante Francisco Cubides, afirmou que esses grupos se aproveitaram da abertura para as negociações, usando o período de diálogos para fortalecer suas estruturas militares e econômicas. De acordo com ele, os grupos continuam a explorar atividades ilícitas como o tráfico de drogas e a mineração ilegal, colocando em risco o avanço das conversas de paz.
Apesar das dificuldades e do agravamento da violência, o governo colombiano segue comprometido com os esforços de paz. O país tem promovido acordos de cessar-fogo com diversas facções, como o Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), além de gangues criminosas como o Clan del Golfo. Contudo, a fragmentação de alguns desses grupos e a retomada de combates em várias regiões dificultam o processo de negociação. O governo também tem intensificado suas ações militares para combater o tráfico de drogas e outras atividades criminosas que financiam esses grupos.
O almirante Cubides ressaltou que muitos desses grupos, especialmente os dissidentes das FARC, afirmam lutar por justiça social, mas na realidade, estariam mais focados em garantir a sobrevivência e expandir suas economias ilegais. De acordo com o comandante, os grupos perderam suas ideologias iniciais e passaram a ser exclusivamente voltados para o fortalecimento de suas atividades criminosas, o que dificulta ainda mais a busca por uma solução pacífica. A situação continua a ser uma grande preocupação para a segurança e estabilidade do país.