O Ministério Público de Goiás (MP-GO) revelou um esquema criminoso que prejudicou compositores sertanejos em mais de R$ 6 milhões. O grupo responsável publicou ilegalmente mais de 400 canções sem a autorização dos autores, resultando em mais de 30 milhões de visualizações em plataformas de música. As músicas eram divulgadas com a voz dos compositores ou com artistas fictícios, o que dificultava a identificação dos responsáveis. Além disso, a utilização de inteligência artificial para criar capas de álbuns ajudou a mascarar a fraude.
A investigação do MP-GO levou à prisão de um suspeito em Passo Fundo (MG) e à apreensão de bens no valor de até R$ 2,3 milhões, incluindo veículos e criptomoedas. Os criminosos usaram amostras de músicas enviadas por compositores a escritórios de artistas, mas sem a autorização para divulgação. As canções foram cadastradas em plataformas com nomes de artistas inexistentes, prejudicando tanto os compositores quanto outros profissionais da indústria musical.
Os envolvidos também utilizaram múltiplos e-mails para dificultar a identificação, e a ação criminosa foi marcada por falsidade ideológica e violação de direitos autorais. O MP-GO segue investigando o caso, e outras pessoas podem estar envolvidas nos crimes, que incluem estelionato e o uso não autorizado de obras protegidas por direitos autorais. Os compositores, afetados pela falta de controle sobre suas músicas, expressaram frustração com o impacto no sustento de suas carreiras.