O governo da Califórnia declarou estado de emergência de saúde pública em 18 de outubro, em resposta à crescente ameaça da gripe aviária (H5N1) na região. A decisão foi tomada após um caso grave de infecção registrado em um morador da Luisiana, que foi hospitalizado, o primeiro caso severo da doença nos Estados Unidos. Apesar disso, as autoridades afirmam que o risco para a população geral permanece baixo, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) também reforçando que o vírus ainda não apresenta facilidade de transmissão entre seres humanos.
Embora a situação atual não seja alarmante, o aumento das infecções entre diferentes espécies animais tem gerado preocupação. A cada novo caso, cresce o risco de mutação do vírus, o que poderia torná-lo mais transmissível entre humanos. A OMS e especialistas explicam que uma mutação dessa natureza, combinada com a infecção simultânea por outros tipos de vírus da gripe, poderia possibilitar a transmissão sustentada entre pessoas, o que representa uma ameaça de pandemia. No entanto, os casos humanos de infecção por H5N1 continuam sendo raros, limitados a contato próximo com animais infectados.
Entre 2003 e 2024, a gripe aviária causou 939 infecções humanas em 24 países, das quais quase 50% foram fatais. Nos Estados Unidos, a maioria dos casos registrados foi leve, com sintomas como conjuntivite, febre e dificuldades respiratórias. A OMS e especialistas em saúde pública continuam monitorando a evolução do vírus, alertando para os riscos de sua disseminação entre mamíferos, como vacas, o que pode facilitar uma mutação para a transmissão entre humanos. Contudo, por enquanto, a maioria dos cientistas ainda vê a ameaça como limitada, com a necessidade de um acompanhamento constante para prevenir a propagação do vírus.