O governo sírio perdeu o controle da cidade de Dera e de mais de 90% da província de mesmo nome, no sul da Síria, conforme informações do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Dera, que foi o ponto de origem dos protestos em 2011, foi tomada por facções locais, forçando as forças do regime a se retirarem. Paralelamente, bombardeios russos e sírios atingiram áreas rebeldes próximas a Homs, resultando em ao menos 20 mortes, incluindo cinco membros de uma mesma família. Esses ataques ocorreram enquanto as forças insurgentes avançavam na região, colocando em risco o controle do regime.
O grupo rebelde Hayat Tahrir Al-Sham (HTS) assumiu o controle de cidades estratégicas perto de Homs, como Rastan e Talbiseh, e prepara uma ofensiva contra as forças do governo. O avanço tem gerado uma crise humanitária, com milhares de pessoas fugindo para áreas mais seguras, como demonstrado nas imagens de rodovias congestionadas. O aumento da violência e do deslocamento de civis reflete a intensificação do conflito.
A perda de Homs representaria um golpe significativo para o governo, dada a importância econômica e logística da cidade. Além disso, os insurgentes já anunciararam planos de avançar em direção a Damasco, a capital, o que aumenta ainda mais as tensões no país. A situação continua a se desenrolar com implicações imprevisíveis para o futuro do regime de Bashar al-Assad.