O governo federal, por meio do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, indicou que está disposto a reconsiderar as mudanças propostas para o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Essa revisão é vista como uma estratégia para garantir o apoio necessário no Congresso, especialmente diante da resistência do Partido dos Trabalhadores (PT). Durante uma reunião com a bancada petista, Durigan destacou a necessidade de ajustes no BPC que preservem sua essência, mas ao mesmo tempo busquem maior eficiência fiscal, sem prejudicar as famílias vulneráveis.
As modificações propostas para o BPC incluem mudanças nos critérios de cálculo da renda per capita, que determinam a elegibilidade para o benefício. Atualmente, o BPC é destinado a famílias com renda per capita de até 25% do salário mínimo, o que corresponde a aproximadamente R$ 353 mensais. O objetivo das alterações é gerar uma economia de R$ 12 bilhões até 2030, mas isso gerou um debate intenso, especialmente sobre a possível restrição do acesso de famílias unipessoais ao benefício.
O debate sobre as mudanças no BPC reflete as dificuldades políticas em torno do pacote fiscal, que busca equilibrar medidas de austeridade com a proteção das populações mais vulneráveis. A proposta ainda será discutida no Congresso, e o governo está buscando um consenso para garantir sua aprovação, levando em conta as divergências e as preocupações dos parlamentares sobre a eficácia das modificações propostas.