O governo federal assinou na última segunda-feira (30) o termo de posse dos novos diretores do Banco Central (BC), incluindo Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência da instituição em 1º de janeiro de 2025. Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, substituirá Roberto Campos Neto. Ele é considerado o mais jovem presidente do Banco Central deste século, com 42 anos. Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela PUC-SP, Galípolo tem um currículo extenso na área econômica, com passagens por cargos importantes no setor público e privado.
Antes de sua nomeação ao Banco Central, Galípolo teve destaque como secretário-executivo do Ministério da Fazenda, sob Fernando Haddad, além de ter fundado a Galípolo Consultoria e atuado como presidente do Banco Fator. Seu envolvimento com o mercado financeiro e a academia também é significativo, com diversas publicações e participação em conselhos econômicos. Sua proximidade com o governo Lula, especialmente durante a transição de 2022, tem sido uma marca importante de sua carreira, o que gerou discussões sobre sua possível relação com as políticas do Executivo.
Galípolo também tem uma trajetória de colaboração com o governo de São Paulo, onde trabalhou em diferentes funções, incluindo a direção de projetos de Parcerias Público-Privadas (PPPs) na Secretaria de Economia e Planejamento. Além disso, sua atuação no debate sobre as regras fiscais e a gestão econômica tem sido amplamente reconhecida. Sua nomeação para a presidência do BC foi oficializada em agosto e aprovada pelo Senado em outubro, e ele substituirá Roberto Campos Neto, a partir de 2025, em um momento de desafios econômicos para o país.