O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo não adotará políticas de estímulo parafiscal em 2025, mesmo em um cenário de possível recessão econômica. Durante uma declaração nesta sexta-feira (20), Haddad mencionou que, apesar de o Banco Central projetar um crescimento de 3,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, o governo já está considerando uma desaceleração no ano seguinte. A estimativa oficial é de um crescimento de 2,5% em 2025, uma redução de 1% em relação ao desempenho esperado para 2024.
O ministro apontou que a política monetária mais contracionista do Banco Central, com altas sucessivas na taxa de juros, deverá ter impacto rápido sobre a economia no próximo ano. Em sua avaliação, a atuação do Banco Central, focada no controle da inflação, deve trazer resultados diretos e imediatos, sem a necessidade de ações adicionais do governo para estimular a economia.
Haddad reiterou que a estratégia do governo não incluirá medidas de estímulo parafiscal, em contraste com políticas adotadas em outros períodos de crise. De acordo com o ministro, a desaceleração da economia já é uma tendência prevista, e a atuação do Banco Central deve ser suficiente para lidar com os desafios econômicos de 2025. A declaração veio em meio a um cenário de crescimento moderado, onde a administração pública busca alinhar suas previsões fiscais com as expectativas do mercado.