A Human Rights Watch (HRW) publicou um relatório nesta quinta-feira (19) acusando Israel de cometer genocídio contra palestinos na Faixa de Gaza ao privar a população do acesso a água potável. Segundo a organização, a falta de acesso à água, aliada a outras condições extremas impostas pela ofensiva, configura crimes de genocídio e extermínio. A HRW afirma que as autoridades israelenses, ao interromper o fornecimento de água e de serviços essenciais, estariam agindo de forma intencional para destruir a população palestina na região.
Em resposta, o governo de Israel rejeitou as acusações, argumentando que está agindo dentro dos limites da lei internacional e tem o direito de se defender dos ataques do Hamas, que iniciaram a atual escalada de violência em outubro de 2023. Alega ainda que as medidas adotadas, incluindo o corte de água e energia, fazem parte de sua estratégia de defesa. Israel também afirmou que as ações não têm como objetivo exterminar os palestinos, mas sim neutralizar as ameaças de grupos armados.
O relatório da HRW descreve que a privação de água e a destruição de infraestrutura essencial em Gaza resultaram em condições de vida insustentáveis, com muitos palestinos recebendo menos de 15 litros de água por dia, o mínimo necessário para a sobrevivência. A ofensiva israelense, que já causou milhares de mortes e um grande número de deslocados, continua a ser motivo de grande controvérsia, com outras organizações de direitos humanos, como a Amnistia Internacional, também utilizando o termo genocídio para descrever as ações israelenses.