Em 2024, o governo federal realizou sete leilões rodoviários, igualando o número de certames bem-sucedidos alcançado em 2007. Apesar de o número ter ficado abaixo da meta inicial de 12 leilões, o governo comemorou o volume de investimentos, que soma R$ 82 bilhões, superando o total registrado durante o governo anterior. Entre os principais projetos leiloados estão a Rodovia da Morte (BR-381, MG) e a Rota dos Cristais (BR-040, GO/MG), com destaque para o aumento da competitividade nas licitações e a diversificação dos vencedores, com a presença de novos players no setor.
Especialistas atribuem o sucesso dos leilões à melhoria na gestão dos projetos, promovida pelo Ministério dos Transportes e pela ANTT, além da adoção de modelos mais atrativos para investidores, como as adaptações nas matrizes de riscos e o incentivo à emissão de debêntures com benefícios tributários. No entanto, houve o cancelamento de um leilão devido à falta de interessados, o da Rota da Celulose, em Mato Grosso do Sul, o que é considerado um problema pontual relacionado à modelagem do projeto. Apesar disso, a expectativa geral do governo foi cumprida, com grande interesse de grupos empresariais por diversos ativos.
Para 2025, o Ministério dos Transportes visa realizar 15 leilões rodoviários, com a meta de 35 até 2026. O cenário econômico, marcado por juros elevados e inflação em alta, representa um desafio, mas o governo está disposto a revisar as condições dos projetos, como as taxas internas de retorno, para manter o interesse do mercado. A diversificação de investidores e a competitividade nas licitações são vistas como fatores-chave para o êxito dos leilões futuros, que deverão continuar a atrair investimentos em infraestrutura no Brasil.