O programa de economia solidária do governo federal, que homenageia o economista Paul Singer, iniciará a contratação de 1.000 agentes para apoiar o desenvolvimento deste modelo econômico no Brasil. Serão 500 vagas ainda neste mês e outras 500 no próximo ano. O objetivo é expandir o número de empreendimentos que seguem os princípios da economia solidária, que envolvem gestão coletiva dos processos produtivos e uma distribuição igualitária dos lucros entre os trabalhadores. Segundo o secretário nacional de economia popular e solidária, Gilberto Carvalho, esses agentes atuarão diretamente nas comunidades, incentivando a criação de novos empreendimentos solidários.
A economia solidária, conforme explicada por Carvalho, propõe uma gestão democrática e cooperativa, em que a posse dos meios de produção e a tomada de decisões são compartilhadas entre os trabalhadores. A iniciativa visa também consolidar a presença dessa economia no cenário nacional por meio da criação de políticas públicas e o incentivo à participação de empreendimentos no Cadastro Nacional de Economia Solidária. Este cadastro, que será lançado no próximo dia 11 de dezembro, permitirá que empreendimentos solidários se inscrevam e, com isso, possam acessar benefícios fiscais e apoio de bancos públicos.
Além disso, a aprovação da Lei 6609/19, que oficializa a economia solidária como parte integrante da economia nacional, será sancionada pelo presidente Lula no mesmo dia. A medida visa fortalecer e expandir o alcance deste modelo econômico, que atualmente conta com mais de 20.000 empreendimentos e envolve mais de 1,4 milhão de trabalhadores. O governo espera que as novas ações proporcionem maior visibilidade e sustentabilidade a esses empreendimentos, promovendo uma economia mais inclusiva e colaborativa.