O governo federal enfrenta dificuldades para avançar com medidas de ajuste fiscal na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Arthur Lira, destacou que a base aliada tem encontrado obstáculos para reunir os 257 votos necessários para aprovar o regime de urgência nos projetos prioritários. Sem esse mecanismo, as propostas precisam passar por comissões antes de serem votadas no plenário, atrasando a tramitação. A situação foi agravada pela retirada de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) da pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), devido à falta de votos suficientes até para sua admissibilidade.
A dinâmica na Câmara tem sido marcada por turbulências internas e insatisfação dos parlamentares, especialmente após novas regras para o pagamento de emendas parlamentares serem confirmadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão, que gerou descontentamento, tem impactado o apoio político necessário para a aprovação das medidas econômicas do governo. Apesar dos desafios, Arthur Lira afirmou estar mobilizando esforços para viabilizar a votação do regime de urgência ainda nesta semana.
O governo busca dar uma sinalização ao mercado financeiro de compromisso com a responsabilidade fiscal, mas enfrenta resistência no Congresso. A ausência de consenso sobre o tema reflete uma conjuntura política tensa, que dificulta o andamento de propostas importantes para a agenda econômica do Planalto. A previsão de novos debates e possíveis ajustes nas negociações indica que o cenário deve continuar complexo nas próximas semanas.