O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reconheceu que a relação entre o governo e o Congresso atravessa um momento de instabilidade, causado pela controvérsia em torno das emendas parlamentares. A situação se intensificou após a aprovação, na Câmara dos Deputados, de requerimentos de urgência para dois projetos do pacote de cortes de gastos enviados pelo Executivo. Esse movimento gerou tensões no plenário e revelou um clima de insatisfação entre os parlamentares, que criticaram decisões relacionadas ao controle das emendas.
Os pedidos de urgência para os projetos em discussão permitiram uma tramitação mais rápida, sem a necessidade de análise pelas comissões. No entanto, a situação foi marcada por descontentamento, especialmente pela postura do Supremo Tribunal Federal, que endureceu as regras para o pagamento das emendas, afetando a maneira como os parlamentares podem destinar os recursos. Esse endurecimento tem sido interpretado como uma restrição à autonomia dos deputados, o que impactou o apoio necessário do Congresso ao governo.
Apesar da aprovação do pacote de cortes ser vista como essencial para o compromisso fiscal do governo, as dificuldades com o Congresso podem representar um obstáculo nos próximos passos legislativos. A instabilidade gerada pela questão das emendas coloca em risco a boa relação entre o Executivo e o Legislativo, o que poderá dificultar a aprovação de outras iniciativas prioritárias para o governo.