Um painel governamental dos Estados Unidos, encarregado de avaliar os impactos do acordo de compra da U.S. Steel pela Nippon Steel, não conseguiu chegar a um consenso sobre os riscos à segurança nacional. A negociação, que envolve um valor de quase US$ 15 bilhões, levantou preocupações entre algumas agências federais sobre a possibilidade de um controle estrangeiro sobre uma importante siderúrgica americana. A decisão final agora está nas mãos do presidente Joe Biden, que já manifestou sua oposição à proposta, com um prazo de 15 dias para se pronunciar.
A preocupação central do governo americano está no fato de que a aquisição de uma indústria estratégica por uma empresa japonesa poderia criar vulnerabilidades em setores chave da economia, como a produção de aço, considerada vital para a segurança nacional. Embora alguns órgãos federais vejam riscos, outros argumentam que a entrada da Nippon Steel poderia trazer investimentos significativos para modernizar as usinas e garantir a continuidade da produção de aço nos EUA, o que beneficiaria a indústria local.
Essa decisão ocorre em um contexto mais amplo de promessas feitas por lideranças políticas, incluindo Biden e o ex-presidente Donald Trump, que se comprometeram a impedir a compra para proteger os interesses dos trabalhadores da U.S. Steel. No entanto, o cenário econômico sugere que a recusa à proposta pode significar a perda de um potencial investimento estrangeiro que poderia fortalecer o setor siderúrgico americano a longo prazo.