O governo de São Paulo enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um cronograma detalhado para a implantação de câmeras corporais na Polícia Militar (PM), atendendo a uma solicitação do STF após pedido da Defensoria Pública. A proposta prevê a realização de testes de validação dos novos equipamentos em 10 de dezembro, com a execução do contrato iniciando-se em 17 de dezembro. A implantação será gradual, com cinco fases ao longo de aproximadamente 90 dias, visando substituir os equipamentos já em uso e ampliar o uso das câmeras para novos departamentos da PM.
Além disso, o governo paulista confirmou que as novas câmeras terão o recurso de acionamento remoto, uma medida para evitar desligamentos intencionais durante as operações. Esse sistema de acionamento remoto será desenvolvido em parceria com a empresa contratada, com o apoio da Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTIC) da PM. O uso das câmeras está sendo implementado conforme o desenvolvimento e integração dos novos sistemas, que devem ser concluídos ao longo do processo.
Em 2023, o governo paulista havia se comprometido com o STF a adotar as câmeras corporais nas operações policiais, o que levou à assinatura de um contrato com a empresa Motorola para a compra de 12 mil câmeras. No entanto, o modelo de funcionamento das câmeras gerou críticas por permitir que o policial ou a corporação interrompesse a gravação durante a operação. A Secretaria da Segurança Pública argumenta que outras funcionalidades, como o acionamento remoto, compensam essa falha, embora a mudança tenha sido contestada por entidades de direitos humanos.