O governo de Javier Milei realizou uma significativa redução no setor público argentino, eliminando cerca de 36 mil postos de trabalho entre janeiro e novembro de 2024. O ministro da Desregulação e Transformação do Estado, Federico Sturzenegger, destacou que a diminuição nos gastos públicos resulta em menos impostos e maior capacidade de investimento pelo setor privado, defendendo que o dinheiro retornasse aos seus “verdadeiros donos.” O corte envolveu diversas áreas da administração pública, com a maior parte atingindo a administração geral e empresas estatais.
Os dados divulgados indicam que 59,5% dos cortes ocorreram na administração pública, enquanto 33,2% afetaram empresas estatais e 7,17% envolvem integrantes das forças militares e de segurança. No entanto, não foi detalhado o método exato utilizado para a redução de postos, se por demissões, não renovação de contratos ou outras causas. O governo também reportou um superávit financeiro de 0,6% do PIB no setor público até novembro, evidenciando o impacto das medidas adotadas.
Em seu primeiro ano de governo, Milei já sinalizou que 2025 será um ano de cortes ainda mais profundos na estrutura estatal, com a promessa de uma “motosserra profunda.” O governo busca consolidar seu programa fiscal, reduzindo ainda mais os gastos públicos para gerar uma maior margem para o setor privado, enquanto enfrenta desafios econômicos relacionados à fraqueza do peso argentino e à pressão internacional.