O governo federal anunciou medidas para destravar o pagamento de R$ 6,4 bilhões em emendas parlamentares de 2024, buscando aliviar tensões com o Congresso. A Advocacia-Geral da União (AGU) deverá emitir uma decisão de força executória, e a Casa Civil uma portaria para autorizar os repasses, divididos entre R$ 4,1 bilhões para emendas de bancada (RP7) e R$ 2,3 bilhões para emendas de comissão (RP8). A decisão foi articulada em reunião entre o presidente Lula, líderes do governo e os presidentes da Câmara e do Senado.
Apesar do avanço, o clima no Congresso segue desfavorável. O presidente da Câmara, Arthur Lira, alertou sobre a dificuldade de aprovar pautas como o pacote fiscal, mesmo com a liberação das emendas. Lira destacou um descontentamento generalizado no Parlamento, especialmente quanto à interferência do STF em questões legislativas e executivas, apontando que isso tem gerado resistência nas discussões internas.
Líderes do governo defenderam que a decisão recente sobre as condições para a liberação de emendas, embora interpretada negativamente, atende às demandas do Congresso. Entretanto, a insatisfação parlamentar evidencia desafios na articulação política do governo, em um cenário que exige diálogo para avançar em pautas essenciais e equilibrar as tensões institucionais.