O governo brasileiro pode arrecadar mais de R$ 1 trilhão entre 2025 e 2034 com a venda da participação da União em contratos de partilha de petróleo no pré-sal, além de royalties e impostos, conforme estimativas da PPSA, empresa estatal responsável pela comercialização desses ativos. O estudo, divulgado em 5 de dezembro, aponta que a venda da participação em 19 contratos pode gerar mais de R$ 500 bilhões nos próximos dez anos. Somando-se os royalties e tributos, a arrecadação total pode ultrapassar R$ 1 trilhão.
O estudo apresenta três cenários de previsão: pessimista, mais provável e otimista, com base em variáveis como o preço do petróleo, a taxa de câmbio e a entrada de novas plataformas de exploração. No cenário mais provável, considerando um preço de US$ 70 por barril e uma taxa de câmbio de R$ 5,43, a produção de petróleo da União nos contratos de partilha deverá atingir 6,6 bilhões de barris, dos quais 1,4 bilhão será destinado ao governo federal.
A produção de petróleo da União tem mostrado crescimento, alcançando a marca de 100 mil barris por dia em outubro, o que coloca o Brasil como o quinto maior produtor do país. No cenário mais provável, a produção deverá atingir o pico em 2030, com 543 mil barris por dia, enquanto no cenário otimista, pode alcançar 583 mil barris diários. Essas projeções indicam uma mudança significativa no volume de comercialização do petróleo produzido pelo governo federal nos próximos anos.