O governo federal avançou na liberação de novas indicações para cargos em agências reguladoras, com o objetivo de fortalecer sua base no Senado e viabilizar o andamento de pautas prioritárias, como a reforma fiscal. As nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União, refletindo uma série de articulações políticas com o Congresso. A estratégia do governo envolve um movimento de aproximação com parlamentares influentes, especialmente no Senado, para garantir apoio em questões cruciais.
Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a ministra da Saúde indicou Leandro Safatle para substituir Antonio Barra Torres, cujo mandato termina em breve. A indicação de Safatle também teve apoio de um importante senador da base governista. Já na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o governo escolheu Pietro Mendes, atual secretário de Petróleo e Gás, em uma decisão alinhada com o ministro de Minas e Energia. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também recebeu uma nova indicação, com o apoio de senadores e do ministro dos Portos e Aeroportos.
Essas movimentações são parte de uma estratégia coordenada entre o Executivo e o Legislativo, com destaque para reuniões realizadas entre o presidente e o presidente do Senado antes de sua recente cirurgia. A medida visa não apenas o preenchimento de cargos em órgãos essenciais, mas também o fortalecimento da relação entre governo e Senado, fundamental para o avanço de temas como a reforma tributária e o pacote fiscal em discussão.