O governo argentino, liderado por Javier Milei, apresentou uma nova proposta de reforma migratória que visa implementar alterações significativas na política para estrangeiros no país. Entre as principais medidas, destaca-se a introdução de taxas para estudantes estrangeiros nas universidades públicas, impactando mais de 100 mil brasileiros, sendo aproximadamente 20 mil matriculados em instituições de ensino superior. Segundo o governo, essa mudança busca aliviar o sistema educacional público e gerar receita adicional para as universidades, que enfrentam desafios financeiros.
Outra medida importante da reforma é a eliminação da gratuidade na assistência médica para estrangeiros. A mudança, que já foi adotada com sucesso na província de Salta, tem como objetivo reduzir gastos fiscais e melhorar a qualidade do atendimento aos cidadãos argentinos. O governo argumenta que a medida permitirá um uso mais eficiente dos recursos públicos, além de diminuir o volume de atendimentos para estrangeiros que não são residentes permanentes no país.
Além das mudanças no ensino e na saúde, a reforma também prevê restrições mais rígidas para a entrada e permanência de estrangeiros na Argentina. A proposta inclui a ampliação da lista de crimes que podem resultar na deportação de não cidadãos, especialmente aqueles envolvidos em atividades que ameacem a ordem pública e democrática. A medida visa fortalecer o controle sobre a imigração e garantir a segurança do país, estabelecendo regras mais rigorosas para quem deseja permanecer ou ingressar na Argentina.