O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, detalhou um pacote de medidas de contenção de gastos do governo, que já foi encaminhado ao Congresso e abrange diversas áreas. Em um evento em Brasília, Haddad destacou que as mudanças exigiram muito esforço, incluindo discussões com outros ministros e o presidente. As medidas visam equilibrar a sustentabilidade fiscal, sem prejudicar a população mais vulnerável. O ministro enfatizou que o objetivo é buscar justiça social, ajustando programas como o Bolsa Família, o abono salarial e o BPC, de forma a garantir a continuidade do crescimento econômico sem comprometer as finanças públicas.
Haddad também abordou a recente volatilidade nos mercados financeiros, explicando que a contenção de despesas é necessária para preservar a trajetória de crescimento do país, que alcançou uma alta de 4% nos últimos 12 meses. Ele afirmou que as medidas são estruturadas para assegurar a sustentabilidade do crescimento a longo prazo, sem gerar desequilíbrios fiscais. Em relação às críticas sobre a reforma do Imposto de Renda, o ministro defendeu a proposta, afirmando que ela é fiscalmente neutra e não populista, seguindo um princípio de justiça e equidade no sistema tributário.
O ministro concluiu reiterando que o governo está disposto a negociar novas ações caso as medidas não sejam suficientes para atingir os objetivos fiscais. Haddad também destacou a colaboração entre os Três Poderes, mencionando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as emendas parlamentares como um exemplo de entendimento conjunto. Ao final, ele ressaltou que o descontrole fiscal acumulado nos últimos anos não pode ser resolvido de forma rápida e que o ano de 2023 foi dedicado à recomposição das receitas do governo.