Na última semana, um decreto do Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre o uso da força policial gerou reações distintas entre governadores brasileiros. Enquanto os governadores do Nordeste manifestaram apoio à medida, por meio de um manifesto divulgado pelo consórcio Nordeste, lideranças das regiões Sul e Sudeste demonstraram preocupação quanto à possível interferência na autonomia dos estados. O decreto, que estabelece diretrizes para minimizar a letalidade policial e reforça princípios internacionais, foi apresentado como parte de uma estratégia para modernizar a segurança pública no país.
Os governadores nordestinos destacaram o alinhamento de suas forças policiais com as novas normas, enfatizando o compromisso com uma segurança pública mais humana e eficiente. O manifesto defendeu que a força letal deve ser empregada apenas em situações de legítima defesa, consolidando uma abordagem diferenciada que prioriza capacitação contínua e a observância de padrões internacionais. A posição também busca reforçar que a medida não compromete a gestão local da segurança pública, mas sim a aprimora.
Por outro lado, críticas vieram de lideranças como o governador de Mato Grosso, que argumentou que o foco deveria ser em estratégias mais rigorosas contra o crime organizado. Em declarações públicas, ele questionou a eficácia de medidas como o uso de câmeras corporais, defendendo o fortalecimento de inteligência e estratégias mais robustas no combate à violência. As discussões ressaltam as divergências regionais sobre os rumos da segurança pública no Brasil, refletindo a complexidade de alinhar políticas nacionais às realidades locais.