O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reiterou seu compromisso com a reeleição em 2026, afastando especulações sobre uma candidatura à presidência. Embora busque completar seu mandato estadual e, futuramente, se dedique ao setor privado, aliados políticos do governador veem nele a principal alternativa à liderança da direita nas eleições de 2026. A possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro tentar uma candidatura, mesmo diante de sua inelegibilidade, cria um cenário de incerteza sobre quem será o principal nome da direita, com Tarcísio possivelmente sendo pressionado a tomar posição sobre a anistia a Bolsonaro, caso este se encontre em situações jurídicas adversas.
No campo político, Tarcísio tem se mantido alinhado à agenda bolsonarista, mesmo após o indiciamento de Bolsonaro por acusações graves, como tentativa de golpe. O governador defendeu o ex-presidente, afirmando que as acusações carecem de provas e que a narrativa em torno de sua pessoa é infundada. Este posicionamento reflete a continuidade de uma relação próxima com as bases do governo anterior, o que pode gerar desafios caso o governador precise distanciar-se de figuras polêmicas em uma futura campanha.
Além disso, o governador tem enfrentado críticas relacionadas à segurança pública no estado, especialmente após recentes episódios de violência policial. Imagens de abusos cometidos por membros da polícia geraram repercussão negativa, mas Tarcísio tem se mantido firme em seu apoio ao secretário de Segurança Pública, mesmo reconhecendo que essas situações exigem um equilíbrio entre combate ao crime e respeito aos direitos humanos. O governador, embora ciente do desgaste causado, busca dar respaldo a seu aliado enquanto lida com a pressão de corrigir excessos sem comprometer sua estratégia política.