O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, expressou fortes críticas ao decreto federal publicado em 24 de dezembro, que regulamenta o uso da força policial em todo o país. Em uma postagem nas redes sociais, Caiado argumentou que a medida enfraquece as forças de segurança e facilita a ação do crime organizado, afirmando que ela representa uma forma de “engessamento” das autoridades policiais. O decreto assinado pelo presidente da República estabelece diretrizes sobre o uso de armas de fogo, instrumentos não letais, abordagens, buscas domiciliares e a atuação de policiais penais em unidades prisionais.
O texto do decreto sugere que os estados sigam essas diretrizes, mas impõe como sanção a perda de recursos financeiros provenientes de fundos federais voltados à segurança pública e ao sistema penitenciário, caso não haja adesão às novas regras. Caiado considerou essa imposição como uma “chantagem explícita” que, segundo ele, acaba beneficiando a criminalidade em detrimento da segurança pública. O governador criticou a forma como a medida foca em crimes de menor potencial ofensivo, como furtos, enquanto, para ele, o país enfrenta uma crescente ameaça do crime organizado.
Em sua análise, Caiado também acusou o governo federal de adotar uma postura de conivência diante do avanço do crime organizado, que, segundo ele, está tomando conta de vários setores do país. O governador defendeu que, em um cenário de violência crescente, as medidas propostas pelo governo federal não são suficientes para combater o poder dos grupos criminosos, que, segundo ele, operam com armamentos pesados e recursos ilícitos. A crítica se concentra na percepção de que as diretrizes federais enfraquecem a ação das forças de segurança no enfrentamento dessas organizações.