A General Motors anunciou que sua unidade Cruise vai abandonar o mercado de robotáxis, uma decisão estratégica em resposta aos desafios financeiros e operacionais enfrentados nesse segmento. A montadora, que havia investido consideráveis recursos na tecnologia de veículos autônomos para desenvolver uma frota de robotáxis, decidiu redirecionar seus esforços. A GM e a Cruise irão agora focar no desenvolvimento de tecnologias autônomas para melhorar os veículos tradicionais da montadora, em vez de tentar escalar o negócio de mobilidade como serviço.
O recuo ocorre em um momento em que o mercado de robotáxis se torna cada vez mais competitivo e caro, com empresas como a Waymo, da Alphabet, expandindo suas operações e a Tesla planejando iniciar seu próprio serviço de robotáxis até 2026. A GM também afirmou que não continuará a financiar o projeto devido ao alto custo de escalar o negócio, somado à complexidade regulatória e ao risco de avanços tecnológicos ainda incertos. Esse movimento marca um retrocesso significativo para a montadora, que havia traçado metas ambiciosas de se transformar em uma empresa de tecnologia de transporte até 2030.
Com a interrupção dos investimentos na Cruise, a GM volta a se concentrar no seu core business de fabricação de veículos, abandonando seus planos de uma revolução no setor de mobilidade urbana. A decisão tem implicações diretas no objetivo da empresa de gerar receitas substanciais com a Cruise, o que agora parece mais distante. As ações da GM reagiram positivamente a essa reestruturação, com uma leve alta no mercado após o anúncio.