A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o partido pretende se reunir com o governo federal para discutir questões relacionadas às mudanças no pacote fiscal, principalmente no que diz respeito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Gleisi também destacou que a bancada do PT fará uma avaliação do pacote fiscal e buscará dialogar com o governo, caso identifique a necessidade de apresentar propostas ou preocupações. A presidente do PT ainda falou sobre a atuação do Banco Central, criticando a política de juros do atual governo e afirmando que, independentemente de quem ocupe a presidência da instituição, o partido continuará com sua posição contrária à alta dos juros.
Em relação à sua permanência na presidência do PT, Gleisi esclareceu que cumprirá seu mandato até 2025, sem planos de assumir um ministério, uma vez que esse assunto nunca foi discutido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela enfatizou que seu compromisso é com a sucessão interna do partido e que o PT precisa estar bem estruturado para as eleições de 2026. O diretório nacional do partido está trabalhando para evitar divisões internas e já planeja o Processo de Eleição Direta (PED) para julho do ano que vem, com a votação para definir seu sucessor.
Gleisi também abordou a posição do PT sobre os militares envolvidos na tentativa de golpe de estado durante o governo de Jair Bolsonaro. A presidente do partido deixou claro que o PT é contra a anistia para os envolvidos e defende punições, além de apoiar a revisão do artigo 142 da Constituição, que é visto por alguns setores como uma justificativa para a intervenção militar. Ela criticou a ideia de anistia como forma de pacificação, ressaltando que é necessário garantir a punição adequada para aqueles que atentaram contra a democracia.