O ex-jogador de futebol George Eastham, ícone do Stoke City e campeão da Copa do Mundo de 1966 com a seleção inglesa, faleceu na sexta-feira (20), aos 88 anos. A causa de sua morte não foi divulgada, mas sua trajetória dentro e fora dos campos deixou um legado duradouro. Pelo Stoke City, Eastham ficou conhecido por seu desempenho marcante, como o gol da vitória contra o Chelsea na final da Copa da Liga Inglesa de 1972. Além disso, ele teve uma carreira de sucesso na seleção inglesa, com 19 jogos disputados, embora sua última participação tenha sido antes do Mundial de 1966.
Fora de campo, Eastham se destacou por sua luta contra o sistema de retenção de jogadores, conhecido como “regra da escravidão”, que impedia transferências mesmo após o término do contrato. Sua mobilização foi crucial para a mudança nas normas de transferência de jogadores, permitindo maior liberdade para os atletas. Mais tarde, após atuar no futebol sul-africano, também se tornou um crítico do apartheid, regime de segregação racial que vigorava no país durante sua estadia.
Eastham também conquistou notoriedade por sua atuação como treinador, além de ser uma figura respeitada em sua defesa de questões sociais e dos direitos dos jogadores. Sua medalha de campeão mundial, que lhe foi entregue apenas em 2007, após uma mudança nas regras da FIFA, simboliza sua importância histórica não só no futebol, mas também em sua luta por justiça dentro do esporte.