O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a prisão de um ex-ministro, após investigações revelarem que ele teria procurado, por meio de intermediários, obter informações sigilosas sobre a colaboração premiada de um ex-ajudante de ordens. Em depoimento, o ex-ajudante de ordens confirmou que tanto o ex-ministro quanto outros intermediários tentaram contatar seu pai, residente em Niterói, para investigar os termos do acordo de colaboração. Segundo ele, esses contatos ocorreram principalmente por telefone, já que ambos moravam em cidades diferentes.
O depoimento de Mauro Cid revelou que os intermediários tentaram entender o conteúdo de sua colaboração, questionando seu pai sobre o que ele havia declarado. No entanto, o ex-ajudante de ordens afirmou que não mantinha conversas diretas com os envolvidos e evitava qualquer revelação sobre o que havia sido dito, especialmente porque estava impedido de falar sobre o conteúdo de sua colaboração. A intenção dos intermediários, segundo ele, parecia ser confirmar as informações que estavam sendo discutidas na mídia.
O pai de Mauro Cid também confirmou que, durante o período de colaboração, recebeu contatos do ex-ministro, mas não recordou se as conversas tinham relação direta com o acordo de colaboração premiada. Essa tentativa de acesso a informações sigilosas gerou investigações por parte das autoridades, resultando na prisão do ex-ministro, que agora é alvo de inquérito sobre a conduta relacionada a essas ações.