Pela primeira vez na história do Brasil, um general de quatro estrelas foi preso. A detenção ocorreu no contexto de uma investigação da Polícia Federal sobre a tentativa de articular um golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022. O militar, que ocupa o mais alto posto da carreira no Exército Brasileiro, é acusado de envolvimento em planos estratégicos que incluíam documentos, mensagens e supostas ações para impedir a posse do presidente eleito.
A trajetória do general é marcada por décadas de serviços nas Forças Armadas, incluindo missões internacionais e cargos de destaque no governo federal. Ele foi ministro e também ocupou funções de alta relevância em gestões passadas, incluindo o comando de operações de segurança no Rio de Janeiro. Apesar de estar na reserva, sua atuação recente em contextos políticos e administrativos está sob intenso escrutínio, especialmente após a apreensão de provas que o ligam a articulações políticas e financeiras relacionadas ao caso.
A Procuradoria-Geral da República defendeu a manutenção de sua prisão preventiva, argumentando que sua liberdade poderia interferir nas investigações em curso. Ele está sob custódia do Exército, em uma unidade militar no Rio de Janeiro, local que já comandou anteriormente. O caso segue em andamento, envolvendo investigações sobre outros atores e implicações maiores para o cenário político-militar do país.